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A contribuição de Machado de Assis para a administração e os administradores brasileiros: explorando metáforas

Machado de Assis, renomado escritor brasileiro do século XIX, é amplamente reconhecido por suas contribuições literárias para a cultura brasileira

Autor: Robson PaniagoFonte: 0 autor

Machado de Assis, renomado escritor brasileiro do século XIX, é amplamente reconhecido por suas contribuições literárias para a cultura brasileira. No entanto, sua influência não se restringe apenas ao campo da literatura. Ao analisarmos suas obras, podemos identificar uma série de metáforas e reflexões que podem ser aplicadas à administração e aos administradores brasileiros.

Neste artigo, exploraremos essa conexão, destacando como as metáforas de Machado de Assis podem trazer insights valiosos para a prática da administração contemporânea.

Metáforas de Machado de Assis

1. O Espelho de Capitu: Em "Dom Casmurro", Machado de Assis cria a personagem Capitu, cujos olhos são descritos como "resumo do livro" do protagonista. Essa metáfora sugere a importância da observação e da interpretação atenta na administração. Assim como o narrador analisa Capitu por meio de seus olhos, os administradores devem desenvolver a habilidade de enxergar além das aparências superficiais, buscando compreender a essência dos fenômenos organizacionais.

2. A Desilusão de Bentinho: Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", o protagonista Bentinho lamenta-se por não ter realizado seus sonhos e objetivos. Essa metáfora destaca a importância do planejamento e da ação efetiva na administração. Os administradores devem evitar cair na armadilha da inércia e da procrastinação, buscando concretizar suas metas por meio de um planejamento estratégico e uma execução diligente.

3. O Jogo de Xadrez de Quincas Borba: No romance "Quincas Borba", Machado de Assis utiliza a metáfora do xadrez para explorar o tema da competição. Assim como no jogo de xadrez, a administração requer habilidades estratégicas, capacidade de antecipar movimentos futuros e adaptação às mudanças. Os administradores brasileiros devem estar preparados para tomar decisões complexas, considerando múltiplos cenários e planejando seus movimentos com cuidado.

4. A Máscara Social de Brás Cubas: Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis retrata a sociedade brasileira através da máscara social usada pelo protagonista. Essa metáfora aponta para a importância da percepção das dinâmicas sociais na administração. Os administradores devem estar atentos às relações de poder, aos valores culturais e às demandas da sociedade em que estão inseridos, a fim de tomar decisões que estejam em harmonia com essas nuances.

Aplicação na Administração Contemporânea

1. Desenvolvimento da Inteligência Emocional: Assim como Machado de Assis nos ensina a olhar além das aparências, os administradores contemporâneos podem se beneficiar do desenvolvimento da inteligência emocional. Essa habilidade permite compreender as emoções dos colaboradores, clientes e parceiros de negócios, facilitando a construção de relacionamentos saudáveis e a tomada de decisões mais empáticas e eficazes.

2. Planejamento Estratégico e Ação: A lição de Bentinho nos lembra da importância do planejamento estratégico e da ação para alcançar os objetivos desejados. Os administradores devem dedicar tempo e recursos para definir metas claras, estabelecer um plano de ação e acompanhar regularmente seu progresso, ajustando-o conforme necessário.

3. Pensamento Estratégico e Antecipação: A metáfora do jogo de xadrez nos convida a desenvolver o pensamento estratégico na administração. Os administradores brasileiros devem ter a capacidade de antecipar movimentos futuros, identificar tendências e tomar decisões que posicionem suas organizações de forma competitiva em um ambiente dinâmico e em constante mudança.

4. Consciência das Dinâmicas Sociais: A máscara social de Brás Cubas ressalta a importância da consciência das dinâmicas sociais na administração contemporânea. Os administradores devem estar atentos às expectativas sociais, às demandas da diversidade e aos valores éticos, buscando construir organizações inclusivas, responsáveis e sustentáveis.

Machado de Assis, por meio de suas metáforas e reflexões, oferece valiosos insights para a administração e os administradores brasileiros. Suas obras nos convidam a desenvolver habilidades como observação atenta, planejamento estratégico, pensamento crítico e consciência das dinâmicas sociais.

Ao aplicar esses princípios, os administradores contemporâneos podem criar organizações mais eficientes, adaptáveis e socialmente responsáveis. Portanto, a contribuição de Machado de Assis transcende a literatura, deixando um legado que pode inspirar e orientar o campo da administração no Brasil.

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