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Indústria retraída

O auge da série foi em 2011, com 91,1% de intenções favoráveis.

O número de empresas industriais dispostas a investir alcançou o patamar mais baixo desde 2010, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, 78,1% das empresas pretendem destinar recursos para aumentar a produção ou melhorar processos. No ano passado, 83% delas programavam investimentos.

O auge da série foi em 2011, com 91,1% de intenções favoráveis. Enntre as empresas que planejam desembolsos, 55,8% darão sequência a projetos já iniciados e 37,6% querem iniciar novas ações. Há planos de importar máquinas e equipamentos em 62,1% das empresas, número menor do que as 73,7% de 2013.

Para o economista-chefe da Global INVX, Eduardo Velho, os números não surpreendem. "A perspectiva de menor investimento se deve ao aperto monetário e à volatilidade na taxa de câmbio observada desde agosto", comentou. Com a subida do dólar, as importações, incluindo equipamentos, ficaram mais caras.

"A queda no investimento contribuirá para a redução da demanda interna. Mas a externa deve melhorar, com maior competitividade dos produtos brasileiros devido à desvalorização do real", disse Velho. Para ele, a queda das intenções de modernizar fábricas decorre também do fim de programas de incentivo à troca de equipamentos.

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